quarta-feira, 16 de março de 2011

Por quantas mãos passam os salgadinhos até chegar a sua boca?


Consumidos pela grande maioria da população, o preferido das crianças e jovens, as coxinhas, pastéis, croquetes e saltenhas são comercializadas livremente, sem qualquer tipo de fiscalização por parte da Prefeitura de Porto Velho, através da Vigilância Sanitária Municipal (se é que existe). Mas você sabe onde e como são preparados estes alimentos?
Devido à gravidade da situação, a ausência do poder público na fiscalização, e a indiferença de organismos educacionais, sociais e profissionais relacionados ao setor de alimentação, os apoiadores do Blog – ondecomerempvh  prosseguem com a campanha de combate a imundice dos restaurantes e lanchonetes e em defesa da qualidade dos serviços destes estabelecimentos em Porto Velho. A primeira parte da campanha esteve relacionada ao atendimento, prosseguiu com as ações relacionadas às boas práticas por parte dos operadores deste setor, e agora prossegue com o alerta dos riscos quanto ao consumo de salgadinhos e até mesmo os famosos petiscos (tira-gostos) comercializados em bares.
Não se tem rigorosamente a mínima idéia onde efetivamente estes produtos são feitos. Apenas 5% (dados não oficiais) dos estabelecimentos   produzem e vendem os famosos salgadinhos. A grande maioria das lanchonetes e bares que comercializam as coxinhas, pastéis, croquetes e saltenhas, apenas revende, se desconhecendo aonde estes produtos são feitos.
A verdade é que a grande maioria das coxinhas, pastéis, croquetes e saltenhas, consumidas pela população são preparados em locais clandestinos, longe de qualquer fiscalização. De vez em quando aparecem os problemas, com consumidores passando mal, a exemplo de um caso recente envolvendo uma pastelaria nas redondezas da Rodoviária da Capital. A explicação da gerente foi simplória. Querendo se eximir de responsabilidades, disse que a massa era preparada em outro local. Existe ainda uma lanchonete nas proximidades da Escola Carmela Dutra que por diversas vezes se percebe salgadinhos estragados, com cheiro ruim. Também uma antiga panificadora (que funciona também como lanchonete e restaurante), se consta algumas ameaças. No final do ano passado, os salgadinhos (aqueles preparados para as festas de aniversários) se encontravam no balcão bem próximo a uma lixeira.
Se tem inúmeras informações da preocupante situação da produção das coxinhas, pastéis, croquetes e saltenhas. Recheios expostos e sem armazenamento adequado; preparo sem luvas e em contato direto com as mãos de várias pessoas (unhas sujas é uma possibilidade real); exposição a moscas e outros insetos; falta de higiene dos manipuladores destes alimentos. A desculpa tem sido que após ir para o fogo, o problema está resolvido.
O armazenamento dos salgadinhos via de regra é feita de forma improvisada e em caixa de papelão de outros produtos. Aparentemente limpa (as bactérias só são detectadas com microscópio), servem de “quebra-galho” para o transporte.
Ainda existe a questão do auxiliar que vai arrumar com suas “mãozinhas”, os salgadinhos na caixa de papelão para ser transportada até a lanchonete. Depois vem o “bicicleteiro” ou o motorista que vai fazer a retirada e a contagem das unidades a serem repassadas para cada estabelecimento. Aí entra em ação o dono ou a dona da lanchonete que vai mais uma vez colocar as mãos para arrumar dentro da vitrine do balcão para comercializar, e por último entra em ação a pessoa que vai entregar ao coitado do freguês.
Mas também existe o caso dos vendedores ambulantes, que comercializam estes produtos em suas bicicletas. Sem luvas, pegando no dinheiro, o suor descendo, a questão se agrava. A única preocupação mesmo é pegar uma folhinha de guardanapo e pegar o produto solicitado pelo freguês. Ainda existe uma clássica dúvida: é do dia?
Intoxicação alimentar vira ameaça a todo instante. Óleo sujo e alimentos estragados colocam a saúde e a dieta em risco. Todos devem tomar muito cuidado com o que come. Os famosos salgadinhos podem levar muita gente para o hospital. É preciso atenção redobrada para as condições precárias de higiene, o alimento servido contém maionese caseira, por exemplo. Surtos de salmonelose (virose causada por uma bactéria de nome Salmonela) costumam causar diarréia, febre, vômitos e infecção intestinal.
Infelizmente, os alimentos menos indicados e mais consumidos são as frituras, como batatas, peixes, queijos e pastéis. Para piorar a situação, o óleo utilizado costuma ser reaproveitado e faz mal à saúde. Os sintomas da intoxicação alimentar geralmente começam várias horas depois da ingestão e, dependendo do agente envolvido, pode incluir casos de náusea, dor abdominal, vômito, diarréia, febre, dor de cabeça e cansaço. A intoxicação alimentar pode resultar em problemas de saúde permanentes ou até a morte.
Mande seu comentário sobre sua experiência gastronômica para o email: ondecomerempvh@gmail.com Lembre-se de destacar o ambiente, o atendimento, o preço e a qualidade da comida. Quanto mais informações melhor. Cuidado onde e o que você come! O nosso endereço na internet é - http://ondecomerempvh.blogspot.com/

Um comentário:

Unknown disse...

O Diretor de departamento de Vigilância Sanitária da Capital informa que existem mais de 2.000 estabelecimentos clandestinos na capital e alerta população
O diretor do Departamento de Vigilância Sanitária de Porto Velho (RO), Ronald Gabriel, concedeu entrevista ao jornal eletrônico Rondoniaovivo.com no início da tarde desta sexta-feira (11) e informou que existem mais de 2.500 estabelecimentos clandestinos funcionando na capital rondoniense, tais como: cantinas, lanchonetes e restaurantes.
Segundo Ronald Gabriel, a vigilância emitiu mais de 1.000 licenças sanitárias, que por sua vez, é obrigatório estes estabelecimentos citados terem o documento e exibi-los ao público consumidor, pois assim, o empresário apresenta ao cliente bem informado credibilidade e boas normas de condutas no ramo.
Com relação a participação dos funcionários desses respectivos estabelecimentos em emporcalhadas, o diretor do departamento de vigilância sanitária do município foi enfático: “Aí cabe ao proprietário realizar um bom treinamento, pois a higiene faz parte do negócio”, ressalto Ronald Gabriel. Ainda explicou que com estes hábitos os garçons e garçonetes prejudicam o empresários, pois esta ação pode acarretar a uma série de investigações nos estabelecimentos citados pelos denunciantes.
Para denunciar estes e outros estabelecimentos, a vigilância sanitária do município disponibiliza o número: (069) 3901-2906. Fonte: Rondoniaovivo.com - Maique Pinto